RETIRO 2012 está chegando.Faça logo sua inscrição. Vagas limitadas

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Você tem problemas, realmente?!

Autor: Prof. Gilson Medeiros


No último sábado ouvi um testemunho que me tocou profundamente. Foi na igreja central de Natal-RN.

Há 8 anos uma jovem iniciava sua vida de casada com um rapaz, cuja cerimônia foi realizada no próprio templo central de Natal. As juras de amor eterno foram trocadas, e parecia que tudo caminhava para um "felizes para sempre".

Porém, alguns meses depois, a jovem sofreu um acidente que a deixou paralisada do pescoço para baixo, com liberdade de apenas alguns movimentos rápidos, porém dolorosos, dos braços até à altura dos cotovelos. O mundo começava a desabar...

O amor eterno que seu noivo lhe jurara diante do altar, parece que não era tão "eterno" assim. Ele a abandonou. Ela, agora, tinha que retornar a viver com seus pais, que a acolheram com todo amor, carinho e dedicação. Este amor, sim, é eterno... AGAPE!

Os anos se passaram e os sofrimentos continuam. Hoje, esta jovem depende quase que totalmente dos cuidados de terceiros. São inúmeros os medicamentos que ela precisa tomar contra as dores e os espasmos musculares (parecidos com cãibras), que lhe acometem contínua e diariamente.

Uma enfermeira ajuda a cuidar da nossa irmã durante o dia, de segunda à sexta-feira. Aos finais de semana e feriados, os cuidados ficam exclusivamente com seus pais e seu irmão (que brevemente estará viajando para estudar Teologia no UNASP). Esta enfermeira recebe estudos bíblicos da sua "paciente", que tem tanta consideração e fervor missionário que faz questão de escrever, ela própria, as lições. Mas tem um detalhe...

Como não tem os movimentos completos dos braços, ela usa a seguinte "artimanha": prende o fundo da caneta na ponta dos lábios e, com os pulsos unidos, ela guia a ponta da caneta no papel, para pode escrever. Conseguiu visualizar?! Que amor pelo evangelismo!

O irmão Marcos André, que relatou o testemunho para as centenas de pessoas presentes ao culto de sábado, contou emocionado que não pode deixar de admirar o brilho no olhar desta jovem heroína. Ela poderia estar resmungando, criticando, praguejando... mas não! O brilho em seus olhos revelam o profundo amor que ela sente por Jesus, e a certeza inabalável de que as promessas de cura e restauração físicas a alcançarão, se não antes, mas certamente no momento do retorno glorioso do Seu Amigo e Salvador - JESUS CRISTO.

As pessoas presentes, pelo menos aquelas que ainda não se deixaram insensibilizar pela podridão deste mundo, ouviam cada palavra com os olhos marejados de lágrimas, diante de tamanha fé e vontade de viver de forma útil e digna, apesar de tudo.

Mas o ponto alto foi quando seus pais, guerreiros incansáveis, foram convidados a subirem à plataforma para que todos os conhecessem. Sua mãe, a irmã Josefa, estava visivelmente emocionada. Seu pai, o irmão Adailton, um dedicado e zeloso Ancião da igreja central, também lá estava. Todos puderam conhecer estes dois exemplos de abnegaçao, dedicação, amor e fé. E eu também lá estava, sentado no terceiro banco, ao lado da minha esposa e filhas, e com o mesmo nó na garganta que estou agora, ao escrever de forma resumida para vocês o que ouvi na ocasião.
Saí dali com algumas certezas:


1. Aquela jovem merecia um marido melhor. Um que a amasse de verdade, na "alegria ou na tristeza", na "saúde ou na doença". Ela não merecia ter sido abandonada desta forma (para "completar", recentemente ela foi intimada a se "deslocar" até outro Estado para a audiência do divórcio... pode!?).

2. Quando a Bíblia diz que os filhos devem honrar pai e mãe é porque esta "dupla dinâmica" são o mais puro reflexo do amor divino, um amor que ama sem reservas, sem "poréns". Ama pelo simples desejo de amar. Nem todos pais são assim, mas esta é outra história.

3. Quantas vezes reclamo de coisas banais, achando que tenho problemas com P maiúsculo! Nós, egoístas por natureza, reclamamos e até blasfemamos de Deus quando algo dá errado, quando não temos a casa que gostaríamos, o carro que vimos na TV, a roupa usada na novela. Reclamamos quando está chovendo e quando o sol está forte. Reclamamos quando estamos gordinhos ou magrinhos demais; quando o nariz é grande e quando é pequeno; quando o salário não dá para vivermos no luxo; quando a comida não tem o requinte das "celebridades"... Reclamamos quando a igreja não tem ar condicionado, ou quando os bancos não são tão confortáveis... também o fazemos quando o sermão é curto demais ou longo demais. Puxa vida! Como reclamamos!

4. Existem pessoas que vivem, REALMENTE, uma vida difícil, cheia de privações, limitações, preconceitos, humilhações... mas estão vivendo felizes, perseverantes. Vivem para superar os desafios, e não para serem vencidas por eles. Enquanto perco tempo olhando para a "vida dura" que levo, esqueço daqueles que não têm um teto para dormir, o "arroz com feijão" básico para comerem todos os dias, uma roupa quentinha para se protegerem do frio da noite; não têm as mãos, os braços, as pernas... não vêem, não ouvem, não falam... não têm família, amigos, pais, filhos... muitas vezes, nem "irmãos". Mas vivem... e felizes!

Você tem problemas? Tem nada! Outros os têm muito maiores que eu e você, mas não se abatem como nós nos abatemos.

Prezada Riane, você é uma heroína! Fico feliz em saber que ainda existem cristãos com a sua fé, mesmo em meio a tanta frieza espiritual por parte dos "santarrões perfeitos" que abarrotam nossas congregações.

Quero convidar você, caro amigo e amiga do blog, a incluir estas 3 pessoas maravilhosas em suas orações: Adailton, Josefa e Riane. Um dia você terá o privilégio de conhecê-los, pois o Rei vem vindo! Maranata!

"tudo posso nAquele que me fortalece" (Filip. 4:13).

Autor: Prof. Gilson Medeiros

Nenhum comentário: