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quarta-feira, 8 de julho de 2009

É Necessário Estudar a Bíblia? O que você acha?

Você conhece alguma cristão evangélico ou não, que acha o estudo da Bíblia desnecessário. Então leia o comentário abaixo do e-mail recebido pelo professor Gilson Medeiros.

A gente ouve e lê cada coisa!

Recebi um e-mail com a seguinte declaração:

"a biblia nao se estuda, nao se interpreta. se recebe como revelação no teu espirito como vida. as palavras da biblia sao Espirito e vida. as palavras da biblia se discernem espiritualmente" (sic).

Segundo esta pessoa, o estudo sistemático e profundo da Bíblia é uma perda de tempo, pois apenas através de uma "revelação especial" do Espírito Santo é que poderemos compreender o Texto Sagrado. Na verdade, esta não é uma ideologia nova. O movimento pentecostal, de um modo geral, tem esta tendência de valorizar mais as experiências emocionais e "espirituais" do que a clara e límpida leitura e análise das Escrituras.

No livro do prof. Vanderlei Dorneles que eu recomendei outro dia ("Cristãos em Busca do Êxtase") há a seguinte informação:

"Teoricamente os pentecostais defendem a autoridade das Escrituras como os Reformadores [do séc. XVI]. Na prática, porém, predomina um subjetivismo imposto pela noção de verdade relativa derivada da centralidade da experiência individual e da operação dos dons espirituais por meio das experiências místicas" (pág. 98).
E mais...

"A forte tendência nos meios pentecostais e carismáticos [católicos] é abandonar o cânon por uma mais recente e particular revelação do Espírito Santo diretamente ao indivíduo... Embora a autoridade bíblica seja verbalmente defendida pelos pentecostais, ela é inquestionavelmente golpeada pela ênfase na 'palavra viva vinda por meio dos dons espirituais'" (pág. 101).

Resumindo, os pentecostais dizem que aceitam a Bíblia como sendo sua regra de fé, mas, no fundo, tendem a colocar as Escrituras de lado quando acreditam terem "recebido" alguma revelação especial do Espírito Santo. Ou seja, para eles é mais importante o que se "sente" do que o que se "lê".

Eis a principal razão de existirem tantas igrejas, seitas e movimentos pentecostais e neo-pentecostais hoje em dia!

Mas, o que os escritores bíblicos dizem sobre a importância de se estudar a Bíblia? Será que os pentecostais estão certos em deixarem o estudo de lado e se dedicarem ao relativismo hermenêutico (interpretativo)?

Vejamos...

"Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus" (Mat. 22:29).
"Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram" (Mat. 26:56).
"Respondeu-lhes Jesus: Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?" (Marcos 12:24).
"E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras" (Lucas 24:27).

Jesus conhecia muito bem a Bíblia, e incentivava os discípulos a estudá-la para não serem enganados pelo inimigo, que também a conhece muito bem (cf. Mat. 4:1-11).
"Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio" (Atos 17:2-3).
"Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim" (Atos 17:11).

Qual o motivo de Paulo ter elogiado os bereanos? Era porque eles se dedicavam ao estudo aprofundado da Bíblia, ou porque eles chegavam em casa e colocavam um copo de água na janela para que Deus lhes mostrasse onde estava a verdade?!

"Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras. (...) porque, com grande poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus" (Atos 18:24-28).

Que exemplo fantástico de um homem de Deus que não confiava no seu próprio "espírito", mas que se dedicava ao estudo e à pregação "poderosa" das Escrituras!
Acho que já deu para perceber como os crentes da Igreja Primitiva viam a questão do estudo da Bíblia. Naquela época, todos eram motivados a estudarem por si mesmos a Palavra de Deus, comparando-a com os ensinos pagãos, para comprovarem a força e veracidade do que os apóstolos e demais discípulos pregavam.

Hoje em dia, devido à grande influência do movimento pentecostal e neo-pentecostal, dedicado fortemente ao misticismo e relativismo teológico, as pessoas não são mais orientadas a buscarem o estudo da Bíblia. Para tais "cristãos", não importa o que a Bíblia diga, pois eles sempre vão ficar do lado do emocional, místico e "espiritual". É por isso que, frequentemente, encontramos pessoas às quais expomos detalhadamente as doutrinas bíblicas (como o sábado, a lei moral, a alimentação, o sono da morte, etc.), mas elas preferem não ficarem do lado da Bíblia, mas se firmarem em suas próprias concepções. Encontrei um que me disse certa vez: "Estou vendo que a Bíblia manda guardar o sábado, mas no dia em que Deus me revelar isso pessoalmente, eu passarei a guardá-lo".

Graças a Deus que os Adventistas são parte de um povo como os "bereanos" (modernos), pois não se limitam a ouvir a Palavra, mas a esquadrinham com afinco, zelo e sinceridade.

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2Tim. 3:16-17).

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